MOÇÃO – A Deputada infrafirmada vem solicitar na forma regimental, que se faça inserir na ata, a presente Moção de Congratulações Pelos 108º Aniversário de Emancipação Política do Município de Ituberá, que ocorrerá no dia 14 de agosto de 2017.

JUSTIFICATIVA

A microrregião de Ituberá foi primitivamente habitada pelos índios Aimorés. O município originou-se de uma aldeia indígena, onde, no século XVIII, os jesuítas construíram a igreja de Santo André. Posteriormente, colonizadores portugueses se estabeleceram, desenvolvendo a cultura do cacau e do café, formando o povoado denominado Santarém. Com a penetração de bandeiras, na parte Sul da Bahia, toda mercadoria destinada aos desbravadores e embarcada no porto de Salvador, era encaminhada ao porto de Santarém. Esse fato incrementou, então, o desenvolvimento da localidade. Em 1909, a vila de Santarém foi elevada à cidade, e, em 1944, o seu topônimo foi mudado para Ituberá. A construção da estrada BA-02, em 1942, provocou a decadência de Ituberá, uma vez que todo o comércio da região era feito por via marítima. Esse fato abalou a economia do município, resultando numa fase de declínio. Somente na década de 1950, com a introdução da cultura do cravo-da-índia, Ituberá retomou o seu progresso. Os nativos de Ituberá são chamados ituberaenses.

Os rios do litoral sul da Bahia que conduzem aos planaltos situados a oeste desempenharam função decisiva no movimento de penetração e devassamento do território, que deve seu desenvolvimento inicial ao florescimento da indústria açucareira. Entre o passado açucareiro e o advento do cacau, como exploração organizada em bases comerciais. há uma longa fase inexpressiva na vida econômica da parte meridional da Bahia. Os pequenos núcleos de população, tanto os do litoral como os do interior, estes últimos localizados de preferência á margem dos rios ou surgidos, nas estradas, de amigos pousos de tropas, tinham as suas atividades resumidas quase ao indispensável a subsistência de seus moradores.

Em relação ás origens do cacau na Bahia segundo Clóvis Caldeira é geralmente aceita a versão de que as suas plantações foram provenientes de algumas sementes levadas do Pará para a Capitania de Ilhéus, em 1746, pelo colono francês Luís Frederico Varneaux. O desenvolvimento da lavoura cacaueira processou-se em ritmo extremamente lento, tudo indicando que a um animador surto inicial se seguiu um longo período de desânimo. O grande impulso experimentado pela lavoura verificou-se principalmente a partir da última década do século passado.

Ituberá foi elevada a categoria de Vila em 27 de dezembro de 1758, por ordem do Conselho Ultramarino, com o nome de Santarém. A lei n.° 759, de 14 de agosto de 1909, concedeu á sede municipal foros de cidade. Por forçaa do Decreto-lei estadual n.° 141, de 31 de dezembro de 1943, teve seu nome mudado pare Serinhaém, vindo finalmente ser denominado Ituberá de acordo com o Decreto.

O turismo de Ituberá é bastante atrativo devido à Cachoeira da Pancada Grande, Fazendas Reunidas Vale do Juliana, Vila de Itajaí, Praia de Pratigí, Praia da Boc da Lagoa e Praia do Apga Fogo. Na Agricultura, Ituberá se destaca pela produção do Guaraná, Cacau, Cravo da Índia, Látex de Borracha (Seringueira).

Para finalizar, apresento esta Moção de Aplausos para homenagear a todos ituberaenses por este dia especial e em tempo desejar progresso econômico, político e social.

Dê-se conhecimento da presente Moção à Prefeitura Municipal, a Câmara de Vereadores, a imprensa e ao Diário Oficial desta Casa.

Diante do exposto, aguardo presteza no deferimento desta solicitação.

Sala das Sessões, 09 de agosto de 2017.

Fátima Nunes

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