“É preciso ser sujeito dessa história e não objeto”. Essa era uma das frases de Valdina de Oliveira Pinto, mais conhecida como Makota Valdina. A educadora será homenageada na Assembleia Legislativa da Bahia, através da Comissão Especial da Promoção da Igualdade, presidida pela deputada estadual Fátima Nunes (PT-BA). O colegiado promoverá, na próxima terça-feira (31), uma audiência pública em comemoração aos 3 anos da Frente Nacional Makota Valdina – pela preservação e defesa dos espaços identitários das religiões de matriz africana. O encontro acontecerá na Sala das Comissões José Amando, a partir das 9h30
“Makota Valdina foi uma grande líder candomblecista e uma das principais ativistas contra o racismo e a intolerância religiosa no Brasil. Era professora da rede municipal de Salvador e nos deixou em 2019. Rememorar a história de Valdina é fortalecer a Frente Nacional, grande instrumento ancestral em defesa e valorização co Candomblé. Esse encontro tem como propósito também, continuar os passos referendados nos saberes da Makota Valdina, quando despertava exigindo ‘eu não quero que me tolerem, eu quero que me respeitem!’”, declara Fátima Nunes.
História – Valdina de Oliveira Pinto, Makota Valdina, era natural de Salvador, professora aposentada da rede pública municipal, educadora, ativista política e membro do Conselho de Cultura da Bahia. Valdina Pinto ocupou o cargo de Makota, assessora da Nengwa Nkisi, Mãe de Santo do Tanuri Junsara, Terreiro de Candomblé Angola, em Salvador.
Valdina era conhecida como Makota devido ao cargo recebido no candomblé, no terreiro Angola Tanusi Junsara, localizado no Engenho Velho da Federação, bairro onde ela nasceu e desenvolveu ações educacionais. Desde a década de 1970, Valdina lutava contra a intolerância, principalmente religiosa.
Durante os mais de cinquenta anos de ensinamentos e atividades em prol da preservação do patrimônio cultural afro-brasileiro, Makota Valdina recebeu diversas condecorações, como o Troféu Clementina de Jesus (UNEGRO), Troféu Ujaama, Medalha Maria Quitéria e Mestra Popular do Saber.
Aos 75 anos, após sentir dores abdominais, ter um quadro grave de disfunção renal e infecção do fígado, foi internada no Hospital Teresa de Lisieux, em Salvador. E, no dia 19 de março de 2019, descansou.
Fonte: Ascom da deputada estadual Fátima Nunes, com informações do site G1