Instalado em um espaço de 14 mil metros quadrados de área construída, o Hospital Geral do Estado 2 (HGE 2) já surge como parte de um complexo que é referência na saúde do estado para procedimentos cirúrgicos de média e alta complexidade, servindo de suporte para o primeiro atendimento desses pacientes, que continuarão sendo recebidos no HGE 1, e depois encaminhados à nova unidade. Além de expandir a assistência com alas novas, como o Centro de Queimados e uma sala para transplantes, a estrutura, inaugurada nesta segunda-feira (25), pelo governador Rui Costa, vai reduzir o tempo de espera dos pacientes e ainda ampliar a capacidade para casos de vítimas de traumas, como acidentes automobilísticos, perfurocortantes e emergências cirúrgicas.
Segundo o governador Rui Costa, o Estado está entregando ao povo da Bahia uma unidade de saúde moderna e atualizada tecnologicamente para atender com mais eficiência os pacientes. “Aplicamos valores históricos na construção de alto padrão com equipamentos de última geração, iguais aos melhores hospitais particulares do País. Passa a funcionar agora o complexo do HGE, e, com essa inauguração, a unidade do HGE 1 começa a passar por modernização, com reformas gradativas nas unidades e setores. Esse hospital faz parte de uma série de investimentos, com os futuros hospitais da Mulher, do Cacau e da Chapada, entregues até o início do próximo ano, além do Hospital Metropolitano, que será construído em Lauro de Freitas”, revelou o governador.
Ainda de acordo com Rui, o Governo está empenhado para garantir a qualidade dos serviços da saúde em todo o estado. “Tão ou mais importante que o investimento na construção é o custeio, é o quanto se investe na manutenção, operação e o dia a dia no hospital. Mas estamos trabalhando de forma muito determinada para garantir a qualidade e o acesso ao atendimento médico”, contou Rui.
Estrutura do HGE 2
Funcionando em estrutura ao lado do HGE, no bairro de Brotas, o HGE 2 abre mais 161 novos leitos no estado, sendo 52 destes de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), incluindo 8 para crianças e 4 para queimados, além de 11 novas salas de cirurgia. Toda essa estrutura recebeu R$ 90 milhões para ser equipada com o que há de mais moderno em diversas especialidades e ainda criou mais de mil novos empregos para profissionais da saúde, entre eles, mais de 200 médicos, além de enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, assistentes sociais e técnicos de enfermagem.
Para a população, o atendimento e regulação continuarão funcionando pela porta de entrada do HGE 1, como explica o diretor-geral do complexo hospitalar, André Luciano Andrade. “O HGE 2 é o que chamamos de hospital de retaguarda, um espaço para o segundo tempo de atendimentos. Todo o primeiro atendimento de emergência continuará sendo pelo HGE 1. A questão é que, com 27 anos de uso, a estrutura do primeiro hospital não comportava mais a demanda e precisávamos de uma estrutura que fizesse essa função de receber os pacientes que já foram atendidos”, contou o diretor.
Conforme adiantou o governador Rui Costa, o HG1 passará por reformas. “Vou pedir um plano de reforma para o HGE 1, para que, ala por ala, as duas unidades fiquem em um mesmo padrão de modernidade e qualidade para atendimento”.
Novidades
Com tantos novos profissionais, o novo hospital estadual está apto para atender casos de cirurgia geral, traumato-ortopedia, queimados, cirurgia oftalmológica (proveniente de trauma), cirurgia plástica reparadora, cirurgia torácica, cirurgia buco-maxilo facial e cirurgia de coluna. Especialmente para os casos graves de queimaduras foi criado o Centro de Queimados, um dos mais modernos do País. O setor foi transferido do HGE 1 para o novo prédio, onde ocupa todo o terceiro andar, com alas pediátrica e adulta, 4 leitos de UTI e sala de cirurgia própria.
Outra inovação do HGE 2 é uma sala cirúrgica dedicada exclusivamente para a captação e transplante de órgãos. O novo espaço permite que esses casos sejam atendidos com maior agilidade, sem que precisem esperar por uma vaga de centros cirúrgicos comuns. O espaço tem localização estratégica, já que está instalada no complexo com maior potencial de captação de órgãos, devido aos pacientes que, decorrentes de traumas, apresentam morte cerebral. A nova unidade de saúde da capital ainda possui UTI pediátrica, com 8 leitos.
Mais três hospitais até 2017
Até o início do próximo ano, outras três grandes inaugurações vão ampliar o atendimento no estado, com o objetivo de regionalizar cada vez mais a saúde e permitir que as pessoas tenham acesso a atendimento médico de qualidade perto de suas casas. Em Salvador, o Hospital da Mulher deverá ser entregue até o final de 2016, se consagrando como o segundo maior hospital especializado no atendimento à saúde da mulher no Brasil. Serão mais 137 leitos e mais um centro de diagnóstico equipado com tomógrafo computadorizado, ultrassom, doppler scan, raio-x e laboratório 24 horas.
No interior, os investimentos seguem para o município de Ilhéus, no litoral sul da Bahia, com o Hospital Regional da Costa do Cacau, que terá atendimento hospitalar para ortopedia, cardiologia e 30 leitos de UTI, já na primeira etapa. Em Seabra, o Hospital da Chapada vai atender, principalmente, casos de urgência e emergência com a criação de mais 101 leitos de internação em diversas espacialidades médicas.
Para o secretário da Saúde (Sesab), Fábio Vilas-Boas, os investimentos fazem parte da estratégia da gestão estadual para regionalizar o atendimento no interior. “Esses novos hospitais, juntamente com as policlínicas, vão permitir que a oferta de serviços, principalmente de média e alta complexidade, se descentralize e não se concentre apenas nos grandes centros. No caso das policlínicas, já são dez com ordem de serviço assinadas e serão equipadas com todos o aparelhamento necessário à realização de tomografias, raio-x e outros exames. Isso sem falar nos consórcios de saúde, que permitem que os municípios de uma mesma região utilizem a rede de UPA’s, policlínicas, e outros equipamentos da saúde para prestar uma assistência ainda melhor e mais regionalizada”, destacou.
Confira como ficou a estrutura geral do complexo de saúde na capital:
Fonte: Secom