18ª Sessão Especial da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia – Dia das Mães

Boa-tarde a todas. Hoje somos maioria nesta Casa. Boa-tarde também a todos que compartilham conosco essa experiência de vida, de mulher e de mãe. Parabenizo o nosso querido deputado Eduardo Salles por essa iniciativa
brilhante da sessão especial em homenagem ao Dia das Mães. Mãe é mãe todos os dias, mas é muito bom ressaltar a importância e chamarmos a atenção para os direitos, os deveres, o bom relacionamento. Parabéns, deputado, por este dia. Muito obrigada pelas palavras honrosas que pronunciou a meu respeito, ao meu mandato e à minha luta de vida.
Não posso negar que foram palavras bastante verdadeiras, porque para as mulheres, por longos anos, a cultura, a educação, o jeito próprio das famílias cuidarem, foi sempre a dedicação maior ao lar, aos filhos. E isso gera no nosso psicológico aquele apego familiar, aquele apego aos cuidados mais finos da casa na medida em que se tem com que cuidar. Algumas em casas bem boas, muito ricas, apenas 5% nesse País, e outras no dia a dia, lata d’água na cabeça, mãos nos baldes, léguas para caminhar, outrora trouxa de roupa na cabeça para lavar perto do rio. Esses sempre foram os serviços, os afazeres, destinados a vida da mulher.

E muitas de nós que estamos aqui neste Plenário, numa ousadia grande, atiramo-nos a fazer muitas outras coisas, a cantar nos corais, a ser pastoras ou membros de congregações, freiras religiosas, nas sacristias das igrejas, ou seja, atividades que sempre estão fora da casa. E, para completar a ousadia maior, também nos atiramos no mundo da política. Portanto, não é fácil ser mãe, ser professora, ter uma renda pequena, e na ousadia de fazer um Brasil decente, oportuno para todos, para as mães, para as mulheres principalmente, fazer essa caminhada do Sertão ao Litoral, como disse o nosso deputado, chegar aqui ao terceiro mandato de deputada estadual. Então eu fico muito feliz, mas não pela minha pessoa, porque eu poderia fazer qualquer outra atividade, mas estou aqui para desenvolver o sonho de que as mulheres, muitas mães, da Bahia, do nosso Sertão principalmente, melhorem a sua condição de vida.

Quero dizer como foi bom ter o nosso deputado Eduardo Salles como secretário da Agricultura. Muitas vezes eu o procurei porque havia na secretaria, pessoas que faziam parte do comitê gestor do programa Luz para Todos. E eu sempre dizia assim: mas, secretário, eu quero que as mulheres possam ver a sua casa iluminada à noite; quem precisar levantar para fazer um chá para os seus filhos, ou fazer um mingau, ou dar um remédio, à noite, possa ver a boca do seu filho, possa ver o corpo inteiro, se estiver dormindo, e não assim com o candeeiro, e que as nossas filhas e filhos possam estudar também sem a fumaça do candeeiro no nariz. E foi possível. Hoje, na zona rural, são raríssimas as comunidades que ainda estão no escuro.

Aquela Bahia que era 50% na escuridão e que dificultava em muito a nossa vida, principalmente porque não se tinha geladeira, não se tinha liquidificador, não se tinha nenhuma coisa boa para alisar os cabelos, porque hoje é um gosto fazer uma chapinha nos cabelos. Como foi bom a gente iluminar a nossa Bahia! E, para completar, eu quero resumir a minha fala, vou dizer também uma outra alegria muito grande: ter tirado a lata d’água da cabeça das mulheres. Olha, temos no Nordeste 1 milhão e 300 mil cisternas construídas ao lado da casa, com a bombinha,
para tirar a água. E também a rede da Embasa, não tenho os números agora, mas que com o programa Água para Todos se espalhou por toda a Bahia. Muitas vezes costumamos escrever num cartaz: Feliz Dia das Mães! Mas dizer
feliz de boca é pouco. É preciso construirmos essa oportunidade da felicidade. E a felicidade está exatamente, em muitas ações que são da família, que são da casa, que é o bom entendimento, que é olhar para o homem e dizer: olha, se teu braço é forte seja um braço para acarinhar e nunca para cometer uma violência. Vemos e fazemos tanto a lição e divulgação da Lei Maria da Penha que, às vezes até, os homens ficam meio chateados e perguntam: por que você fala nessa lei, você quer desmanchar as famílias? Não, a lei é para punir quando a pessoa faz alguma coisa errada. Mas os primeiros capítulos da lei estão voltados para a prevenção, voltados para aquele jeito próprio de homem e mulher se relacionarem sem violência.

Então, essas ações que são da família, essas ações que são do Poder Público, essas ações que são da sociedade como um todo, devem entender que na nossa sociedade temos os masculinos e os femininos. Portanto, é um gênero que é diferente, mas que dentro do direito humano devemos ser tratados todos iguais, independente das escolhas que façam para suas convivências. Esse é o nosso jeito próprio de mulher, de mãe, que celebramos todos os dias e que construímos todos os dias a grande oportunidade. Queria dizer que minha mãe chegou aqui agora, Maria Oliveira, foi o deputado Eduardo Salles que fez questão que a fosse buscar. Queria encerrar as minhas palavras parabenizando a todas as mulheres. Ia cantar uma música, mas esqueci um pedacinho, diz: “Mãe, Maria, Mulher, teu nome santo anunciar, um Deus com rosto de mãe, vem aos pobres anunciar.”

Muito obrigada, muita alegria e muita paz com seus filhos e que eles, também, compreendam nosso valor e caminhemos todos juntos por uma sociedade de paz.

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