41ª Sessão Ordinária da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia

Sr. Presidente, Srs. Deputados e Deputadas, neste primeiro momento da minha fala, neste Pequeno Expediente, eu queria registrar a minha indignação com a grande imprensa e, principalmente, com o jornal Folha de
São Paulo. Não é a primeira vez que a grande imprensa trata a nossa presidenta dessa forma. Pela maneira como expressa a sua perversidade, o jeito indigno de apresentar à sociedade uma mensagem de que o Brasil não tem jeito. E coloca como se fosse a semana ou o tempo da Inquisição, de queima às bruxas, com a figura da presidenta
Dilma com o rosto incendiando. Essa é uma coisa lamentável, perversa. E que eu queria neste primeiro momento… Vou trazer por escrito, para ficar registrado nos anais da Casa, mas quero repudiar o fato e apresentar a minha indignação.

Queria também dizer que, hoje, vamos votar, aqui, o Plano Estadual da Educação. Também, apresento de forma indignada, como o plano foi tratado, discutido ontem. Pela necessidade de trazê-lo para votação, hoje, precisou-se fazer algumas emendas, e por isso retirou-se do seu conteúdo principal, algumas palavras, que eu não entendo o porquê.

Estou, até agora, tentando entender, porque, se olho para a sociedade vejo que tem gênero masculino e feminino. Não são todos homens, nem são todas mulheres, sempre são criados assim pela própria natureza. Não entendo o porquê de tirar este debate da escola, estou aqui procurando o tempo todo. Também não entendo por que tirar a palavra sexo, porque é uma coisa normal e natural. A sexualidade está em todas as pessoas. Então não entendo. Acho que a forma como foi interpretada e colocada, foi feita uma mensagem para a sociedade de forma incorreta, de certa forma, machista,porque é preciso que a gente entenda o todo da sociedade.

O professor vai formar o aluno para ele viver numa sociedade, percebendo e compreendendo, e com uma formação integral, para agir, com respeito às diferenças, com respeito à dignidade e com o bom entendimento para que, de fato, esta sociedade possa ser de paz e de entendimento. Na medida em que há discriminação, na medida em que há maus tratos, desrespeito, o que se gera com isso é a violência. E nós temos visto muito isso, porque a mulher foi criada sempre com o preconceito, ou com aquele conceito de que dever de mulher era sempre dizer amém, era sempre a submissão. Colocar no texto que é preciso que homens e mulheres sejam respeitados da mesma forma, com igualdade, independente das suas escolhas ou das suas orientações sexuais… Nem isso estava na escrita, porque me debrucei para ler várias e várias vezes para ver onde estavam essas palavras que ouvi ontem.

Também não entendi, não sei, não compreendo, porque família é um conjunto de pessoas que estão no mesmo seio, no mesmo grupo, na mesma célula. As vezes é adotado, as vezes é criado, as vezes é separado, ou seja, a família é como a realidade da vida é. Então não entendi porque tanto cartaz. Não entendi. Achei uma coisa muito ruim, negativa, de certa forma um retrocesso, porque esse plano valerá por 10 anos…

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